domingo, 30 de novembro de 2014

Vertigem

Não quero o pouco
não sou o pouco
Sou feita de excessos
carrego o abismo do mistério
dentro de minhas entranhas
Aqui dentro
os sentidos
o sentir
faz carnavalia
me descompassa
Mas eu gosto é disso
Não quero ser calmaria
Quero ser furacão
Ser caos, cais...
Rodamoinho
Travessia
Ruptura
Minha própria estrela-guia
Ahhh...
Que a origem de tanto querer
que carrego aqui dentro
não se acabe
sem elas não existem
começos
fins
Recomeços
EU
Pois sou feita dos retalhos
imprevisíveis da vida.
Somos certos
um para o outro
Mas parece 
tão errado 
ficarmos juntos 
Não sei,
não sei mais nada
Só sei
que teu olhar
despe minh' alma
e meus lábios 
veneram e sentem 
sede dos teus
Nesse misto de
complexidade e 
simplicidade 
Quero-te bem
Quero-te nu
Quero-te!
Inteiro 
Sem metades 
de corpo e alma 
Entregue 
intenso 
aqui 
em mim 
Vivendo 
se permitindo 
sendo uno 
sendo nós