segunda-feira, 29 de junho de 2015

"Felicidade tem fim. Tristeza não."

É de manhã, entre bocejos avisto uma fresta de luz que passa pela janela entre aberta do meu quarto, deduzo que o dia está nublado. Acerto. Meus devaneios se faz presente, já não tenho mais o controle. Lá fora chove, mas a tempestade se faz dentro de mim. Me ponho a pensar... 
Hoje poderia ser mais um daqueles dias que ficar debaixo das cobertas, acompanhado de um bom filme, comendo brigadeiro de panela enquanto você me pedia com jeitinho que eu virasse de lado para ficar de conchinha, dizendo ao pé do meu ouvido que era ali o meu lugar e entre um sorriso para você eu pensava: Aqui é o meu lugar! Depois decidiríamos o que fazer para comer, talvez algo que envolvesse queijo e batata rs. Sempre era batata e queijo. Eu começava a fazer e você se propunha a me ajudar, cortando o que fosse necessário e derrubaria, com certeza. Afinal, até hoje não conheço um casal tão estabanado como fomos nós (risos). Enquanto eu mexia a panela no fogo, você vinha por trás e me abraçava, fazendo com que cada parte do meu corpo se encaixasse no seu. Me chamava de minha linda, minha gostosa e dizia que me amava. Você fazia a mesa e comíamos feito uma família e não tinha como não imaginar a nossa daqui uns anos.  Depois falávamos de coisas aleatórias, deitávamos, nos amávamos, dormiríamos até chegar a hora de dizer tchau e eu pedi com manha para você ficar mais um pouquinho. Depois fazer você me prometer que no outro dia estaria cedinho em casa, mesmo sabendo que não estaria. Você ia, mas o seu cheiro ficava intacto e eu já desejava  que amanhecesse logo para  viver novamente cada segundo com você. 
Hoje poderia ser um daqueles dias, aqueles... Aqueles que você vem e aquece o meu coração, o meu ser e os nossos corpos. Poderia, iria, foi.... a vida passou e levou você! Abortamos os filhos nem ao menos gerados, destruímos a casa que nem ao menos construímos.  Afinal,  infelizmente com nós sempre existiu fins. Entre chegadas e partidas, um dia você partiu e nunca mais voltou. Hoje meu coração está partido pela sua partida.

sábado, 20 de junho de 2015

Reverberar o amor

Vida efêmera
líquida
escorre
voa no seu próprio tempo
Nessa travessia
solidão
me faz companhia
Transgredindo
meus quereres
Nos meus sonhos
tudo é POESÍVEL
Junto à
ânsia de viver
e a estagnação
pairada em meu ser
Paradoxal!
Inundei-me
no sentir
e hoje,
a intensidade
faz folia
em meu âmago
Nessa minha passagem
vou indo
deixando rastros
Transbordando
em meus retalhos
Desejo
flori
imensidão
fora da
estação
Ter o  meu espírito
livre
para o amor
frutificar
em terra fértil
Porque bonito mesmo
é ser florido por dentro.