domingo, 27 de julho de 2014

Nossa simetria

Me retenha 
em suas retinas
Habite no universo que 
carrego no meu âmago
Vista-se com 
a constelação 
do nosso desejo
Porque eu não sei 
só te olhar,
sem te consumir.
Vem unir teu verso no meu.
Com a tua pele,
teu cheiro e
teu suor.
Pois tenho fome de ti!
A marca dos teus lábios
está em meu corpo.
Vem!
Porque teu amor
me supõe ao céu e 
me deixa imersa 
na imensidão.
Vem me trazer 
essa sensação de infinito
mesclado com prazer
Vem...
Que eu crio
reticências em nós

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Sete horas da manhã...
Ônibus lotado!
Dentro desse aperto,
vários corações apertados
A conta que não foi paga
A filha que adoeceu
O tio que faleceu
O pai que é ausente
O casamento que está por um fio
O aluguel atrasado
Fulano
Sicrano e
beltrano
Cada um com sua história
carregam no olhar
o cansaço
Lá fora:
Sirene
Buzina
Trânsito
Acidente
Correria
Vai e vem
O sol mal raiou
e o caos já começou!

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Efêmera

Uma calmaria
uma serenidade
faz morada dentro de mim
Que não consigo explicar
Basta sentir
Sentir?
Sim, sinto e muito.
Uma mansidão se proliferando
dentro do meu ser
Atingindo cada centímetro de minh' alma
Me trazendo um sentimento inexplicável
Tão bom de ser sentido
Me acalma.
Pena que o que nos faz bem,
 dure apenas alguns  instantes.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Quero te navegar

Me leva para a lua.
Me faça sua.
Devora-me!

Leia os meus segredos
como esfinges a serem
decifradas.
Olhe nos meus olhos e
se enrole nas ondas
dos meus cabelos.

Esquente minha pele morna
com teu corpo nu.
Sinta minhas mãos a te acariciar
Pela estrada que és teu corpo.
Sorrateiro e intenso.
Quero me perder
nesse teu mar...
O mar dos teus olhos
com as ondas dos teus beijos
e a maresia do teu cheiro.

Mate meus desejos.
Me deixa ancorar em ti,
meu porto não tão seguro.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Fervamos.

Passeie suas mãos
em meu corpo.
Me provoca,
me atiça,
me excita.

Me molhe como um
rio que lava o chão.
Penetra-me
com aquele olhar...
Que me crava a alma
e dilata minhas pupilas.

Una nossos quadris
para entrarmos em ebulição
e acelerar nossa pulsação.
 
Me ame, meu amor...
Me ame incessantemente.

Entardeceu

Perspectivas frustradas.
Essa ânsia de resolver tudo,
de sacrificar tudo,
me deixa ao relento.
Essas exigências não me curam.
Só atropela ainda mais
minhas emoções.
Farelos e farelos
de indignações.
Saio de mim.
Precipitada!
Atravessa-me o corpo
Não existo no tempo do mundo.
Minha intensidade é mais voraz
Sou pequeno instante
no infinito que é
meu caos.
Meu talvez é certo.
Mas, minha incerteza é injusta.
É!
não sei...